Anvisa proíbe gordura trans no Brasil

Modificado pela última vez em 18 de dezembro de 2019

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira um novo conjunto de regras que visa banir o uso e o consumo de gorduras trans até 2023.

A nova norma será dividida em 3 etapas. A primeira será a limitação da gordura na produção industrial de óleos refinados. O índice de gordura trans nessa categoria de produtos será de, no máximo, 2%. Essa etapa tem um prazo de 18 meses de adaptação, e deverá ser totalmente aplicada até 1º de julho de 2021.

A data também marca o início da segunda etapa, mais rigorosa, que limita a 2% a presença de gorduras trans em todos os gêneros alimentícios. A restrição da segunda fase será aplicada até 1º de janeiro de 2023, período que marca o início da terceira fase e o banimento total do ingrediente para fins de consumo.

GORDURA TRANS X SAÚDE

Presente principalmente em produtos industrializados – biscoitos, margarinas, chocolates, pipocas de microondas e outros – a gordura trans é utilizada para conservar e melhorar o aspecto de alguns alimentos e está associada ao aumento do colesterol ruim (LDL) e degradação do colesterol bom (HDL).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gordura trans foi responsável por 11,5% das mortes por doenças coronárias no Brasil somente no ano de 2010, o que equivale a 18.576 óbitos em decorrência do consumo excessivo da substância.