Os riscos do consumo excessivo de chás para emagrecer

Modificado pela última vez em 16 de março de 2018

Quem nunca recorreu ao boldo para combater a má digestão? Ou apelou para um misto de ervas para emagrecer? Aparentemente inofensivos por serem naturais, chás podem causar danos ao fígado tão sérios a ponto de, em casos mais graves, o transplante ser a única saída. Dois fatores determinam se o que é ingerido vai ou não intoxicar o fígado: a genética — que faz um produto ser tóxico para uma pessoa e para outras, não — e a dosagem. Ou seja: beber uma xícara de chá antes de dormir é seguro, mas tomar dois litros da bebida por dia com intuito terapêutico ou na esperança de perder peso é uma prática arriscada e condenada pela medicina.

É importante lembrar que ao utilizar uma erva você está ingerindo todos os elementos contidos ali, não só o princípio ativo. Um dos grupos de substâncias mais tóxicos que as plantas têm são os alcaloides, que podem causar gastrite e diarreia, além de hepatite medicamentosa. O chá verde, por exemplo, é muito tóxico porque contém catequina, que pode causar o acúmulo de radicais livres no fígado e gerar estresse oxidativo no órgão.

Outro problema é a interação de chás com remédios. O boldo, por exemplo, compete com anticoagulantes para ser metabolizado e, ao usar a planta, quem toma esse tipo de medicamento fica sujeito a hemorragias.O risco para o fígado é grande porque ele é silencioso.

Em geral, quando os sintomas de cansaço, náuseas e icterícia aparecem, a doença já está avançada. Então, a recomendação é que as pessoas não se automediquem com fitoterápicos.

Fitoterápicos também são medicamentos e devem sempre ser prescritos por médicos!