Ritalina realmente aumenta a concentração na hora de estudar?
Há algum tempo venho notando o crescente e indiscriminado uso de metilfenidato (princípio ativo de medicamentos como Ritalina e Concerta) , lisdexanfetamina (Venvanse) e ainda modafilina (Stavigile) por estudantes a fim de, supostamente, aumentar seus níveis de concentração durante os estudos, o que tem causado preocupação e colocado em risco a saúde de muitos jovens.
O mais usado ainda é o metilfenitato, substância lançada na década de 50 para o tratamento de crianças diagnosticadas com o Transtorno de Défcit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Estes medicamentos são psicoestimulantes e potencializam a ação dos neurotransmissores noradrenalina e dopamina, reduzindo o que é clinicamente chamado de déficit de atenção, fazendo com que o indivíduo hiperativo fique mais atento; concentrado.
Recentemente a procura por receitas de psicoestimulantes nos consultórios psiquiátricos aumentou e há grupos de bate-papo na Internet que vendem tais medicamentos sem restrição médica, já que estudantes (concurseiros, vestibulandos, acadêmicos em épocas de provas, entre outros) os utilizam na esperança de aumentar o rendimento de seus estudos. O mais importante é o fato de que estes medicamentos podem causar a estas pessoas efeitos colaterais extremamente nocivos à saúde, como dor no peito, taquicardia, insônia, perda de libido e até dependência.
Há ainda relatos de estudantes que fazem o uso de psicoestimulantes associados a outras substâncias, como a cafeína e a taurina presentes nos energéticos, o que é extremamente tóxico à saúde e pode levar à morte.
É importante ressaltar que, para que uma rotina de estudos seja efetivamente satisfatória, ela deve sempre ser acompanhada de descanso, lazer, sono e de uma alimentação saudável e equilibrada.
Medicamentos psiquiátricos não devem ser usados de forma indiscriminada por pacientes que não possuem transtornos mentais, saúde mental é coisa séria e mais vale a sua saúde do que um resultado!